Pela leitura da carta de Paulo aos efésios, capítulo 4, do versículo 1 ao 16, observamos o tratamento da necessidade de a unidade da fé ser uma realidade na igreja, pelo conhecimento do Senhor Jesus e pela vigilância, a fim de não sermos levados por todo vento de doutrina, isto é, sermos enganados e seguirmos as mentiras das seitas, ou os enganos dos falsos profetas e pastores, mestres do engano e, até, falsos cristos. Em complemento, o texto da carta de Paulo aos filipenses, capítulo 2, versículos de 3 ao 16, fala da verdade sacrificial de Cristo, pela qual deve existir a confissão de fé, confessando-O publicamente como Senhor e Salvador.
O profeta Joel já explicava que a essência da conversão, quando diz: “Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal. Quem sabe se se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de manjar e libação para o Senhor, vosso Deus? Tocai a buzina em Sião, santificai um jejum, proclamai um dia de proibição.” (Jl 2.12-15).
Através da verdadeira conversão o indivíduo se humilha e confessa ao Senhor Jesus, rasgar o coração significa abrí-lo para que o Espírito Santo entre e comece a transformar hábitos idólatras, inclusive da fala, para evidenciar uma mudança em relação aos que permanecem nos pecados do mundo. Quando Paulo diz: “Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia, e toda malícia sejam tiradas de entre vós. Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Ef 4.27-32), está nos alertando para uma mudança necessária, até mesmo no falar. Expressões chulas ou palavras ligadas a idolatria devem ser suprimidas. Um exemplo é o hábito das pessoas falarem “Nossa!”. Esta expressão é um louvor a Maria, a qual é chamada na igreja católica “Nossa Senhora”, e, ao dizer “Nossa!” a expressão compreende a apócope da palavra “Senhora”. Ou seja, o “Nossa!” é uma interjeição idólatra, ainda que alguns não creiam que seja assim.
Como a palavra de Cristo nos diz para orarmos e vigiarmos, é preciso lembrar que orar é o mesmo que conversar com Deus. Contudo, é preciso lembrar de alguns elementos da oração, pois, quem ama a Deus acima de tudo e de todos irá sempre exaltá-Lo em primeiro lugar. Tudo o mais vem depois disso. A oração deve deixar os pedidos para depois, mas sempre usando de sabedoria, para que não se peça o que não convém – “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” (Tg 4.3).
Quando Pedro faz sua primeira pregação no templo após o batismo com o Espírito Santo, ele expôs o teor do evangelho apresentado por Cristo com autoridade, colocando para os seus ouvintes a seguinte proposta: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, o qual convém que o céu contenha até os tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.” (At 3.19-21).
É indispensável que os que se convertem tenham no coração a consciência do que representa o amor de Deus pelos que se tornam fiéis à Sua palavra, conforme diz o profeta Miquéias: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. Tornará a apiedar-se de nós, subjugará as nossas iniqüidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar. Darás a Jacó a fidelidade, e a Abraão, a benignidade que juraste a nossos pais, desde os dias antigos.” (Mq 7.18-20).
Então, compreenda a fidelidade do Senhor e faça a vontade de Deus, cumprindo aquilo que exorta o irmão do Senhor Jesus: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” (Tg 4.7-10).